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" Ide por todo o mundo
e pregai o evangelho."
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Lição da Escola Sabatina
Anunciando a glória da cruz
VERSO PARA MEMORIZAR: “Longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo” (Gl 6:14).

LEITURAS DA SEMANA: Gl 6:11-18; Rm 6:1-6; 12:1-8; 2Co 4:10; 5:17; 11:23-29

Este estudo sobre Gálatas tem sido intenso. Isso ocorre porque a carta em si é intensa. Conhecendo o chamado do apóstolo e a verdade do que ele pregava (afinal, como ele disse várias vezes, essa verdade veio do Senhor), Paulo escreveu com a inspirada paixão dos profetas do Antigo Testamento – de Isaías, Jeremias, Oseias. Da mesma forma que eles apelaram ao povo de Deus em seu tempo para que se afastasse do erro, Paulo estava fazendo o mesmo com as pessoas do seu tempo.
Não importa quanto fossem diferentes as circunstâncias imediatas, no fim, as palavras de Jeremias poderiam tão facilmente ser aplicadas aos gálatas, como foram para as pessoas nos dias de Jeremias: “Assim diz o Senhor: ‘Não se glorie o sábio em sua sabedoria nem o forte em sua força nem o rico em sua riqueza, mas quem se gloriar, glorie-se nisto: em compreender-Me e conhecer-Me, pois Eu sou o Senhor, e ajo com lealdade, com justiça e com retidão sobre a Terra, pois é dessas coisas que Me agrado’, declara o Senhor” (Jr 9:23, 24, NVI).
Em nenhum lugar nossa “gloriosa” sabedoria humana, nossas riquezas e nosso poder aparecem mais claramente em toda a sua futilidade e vaidade do que diante da cruz de Cristo – o foco da carta de Paulo ao seu rebanho errante na Galácia.
Sábado à Tarde
Ano Bíblico: Mq 1–4

Ano Bíblico: Mq 5–7

Domingo
Da própria mão de Paulo

1. Compare as palavras finais de Paulo em Gálatas 6:11-18 com as considerações finais que ele fez em suas outras cartas. De que forma o encerramento de Gálatas é semelhante e em que aspecto é diferente das demais? Veja as considerações finais em Romanos, 1 e 2 Coríntios, Efésios, Filipenses, Colossenses, e 1 e 2 Tessalonicenses

As observações finais de Paulo nem sempre são iguais, mas uma série de elementos comuns aparece nelas: (1) saudações a indivíduos específicos, (2) uma exortação final (3), uma assinatura pessoal, e (4) uma benção final. Quando essas características típicas são comparadas às palavras finais de Paulo em Gálatas, duas diferenças significativas aparecem.
Em primeiro lugar, ao contrário de muitas cartas de Paulo, Gálatas não contém nenhuma saudação pessoal. Por quê? Assim como ocorreu com a ausência da tradicional ação de graças no início da carta, esse é provavelmente mais um indício da relação tensa entre Paulo e os gálatas. Paulo foi educado, mas formal.
Em segundo lugar, devemos lembrar que era costume de Paulo ditar suas cartas a um escriba (Rm 16:22). Então, depois de terminar, Paulo muitas vezes tomava a pena e acrescentava algumas breves palavras do próprio punho para concluir a carta (1Co 16:21).
Em Gálatas, no entanto, Paulo não seguiu esse seu costume. Quando pegou a pena do escriba, Paulo ainda estava tão preocupado com a situação na Galácia que acabou escrevendo mais do que era comum. Ele simplesmente não pôde soltar a pena antes de apelar aos gálatas mais uma vez para que abandonassem seus caminhos insensatos.
Em Gálatas 6:11, Paulo enfatizou que escreveu a carta com letras grandes. Realmente não sabemos por quê. Alguns têm especulado que Paulo não estava se referindo ao tamanho das letras, mas ao seu formato malfeito. Eles sugerem que, talvez, as mãos de Paulo estivessem tão debilitadas em consequência da perseguição, ou deformadas por causa do trabalho de fazer tendas, que ele não podia traçar as letras com precisão. Outros acreditam que seus comentários fossem mais uma evidência de sua deficiência visual. Embora ambas as versões sejam possíveis, parece muito menos especulativo concluir simplesmente que Paulo estivesse escrevendo intencionalmente com letras grandes a fim de destacar e enfatizar novamente sua mensagem, semelhante à nossa maneira de enfatizar uma palavra ou conceito importantes sublinhando, colocando em itálico ou escrevendo em letras maiúsculas.
Seja qual for a razão, Paulo certamente queria que os leitores prestassem atenção às suas advertências e admoestações.
Ano Bíblico: Naum
Segunda-feira
Buscando a glória na carne

2. Leia Gálatas 6:12, 13. O que Paulo disse nesses versos?

Embora Paulo tivesse sugerido anteriormente os objetivos e a motivação de seus adversários (Gl 1:7; 4:17), suas observações em Gálatas 6:12, 13 foram os primeiros comentários explícitos que ele fez sobre seus oponentes. Ele os descreveu como pessoas que queriam “ostentar-se na carne”. A expressão “ostentar-se” em grego significa literalmente colocar “uma boa face”. De fato, a palavra para “face”, em grego, é a mesma palavra para designar a máscara de um ator, e essa palavra foi usada igualmente em sentido figurado para se referir ao papel desempenhado por um ator. Em outras palavras, Paulo estava dizendo que essas pessoas eram como atores buscando a aprovação de uma plateia. Em uma cultura fundamentada na honra e na vergonha, a conformidade era essencial, e os que ensinavam os erros pareciam estar buscando aumentar seu grau de honra diante dos seus companheiros judeus na Galácia e dos outros cristãos judeus de Jerusalém.
Paulo apresentou um ponto importante sobre um dos motivos deles: o desejo de evitar a perseguição. Embora a perseguição possa certamente ser entendida em suas formas mais dramáticas, envolvendo violência física, ela poderia ser igualmente prejudicial, mesmo em suas formas mais “leves” de assédio e exclusão. Paulo e outros judeus fanáticos na Judeia, no passado, haviam realizado o primeiro tipo, a violência física (Gl 1:13), mas a segunda forma também teve seu efeito sobre os cristãos.
Os líderes religiosos judeus ainda tinham uma significativa influência política em muitas regiões. Eles tinham a aprovação oficial de Roma; por isso, muitos cristãos judeus estavam desejosos de manter boas relações com eles. Circuncidando os gentios e ensinando-lhes a observar a Torá, os perturbadores da Galácia poderiam encontrar um ponto comum com os judeus locais. Isso não apenas lhes permitiria manter contato amistoso com as sinagogas, mas eles também poderiam até reforçar seus laços com os cristãos judeus em Jerusalém, que tinham uma desconfiança crescente acerca da obra que estava sendo feita entre os gentios (At 21:20, 21). Em certo sentido, suas ações também poderiam tornar mais eficaz seu testemunho aos judeus.
Independentemente da situação que Paulo tinha em mente, seu pensamento era claro: “Todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos” (2Tm 3:12).

Pense nas razões que essas pessoas tiveram para ensinar seus erros. Parecia bastante razoável, considerando todas as coisas. Será que até mesmo os “melhores” motivos não podem nos desviar do caminho, se não tivermos cuidado? Você já fez coisas erradas pelos motivos certos?
Ano Bíblico: Habacuque

Terça-feira
Gloriando-se na cruz (Gl 6:14)

“Quanto a mim, que eu jamais me glorie, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, por meio da qual o mundo foi crucificado para mim, e eu para o mundo” (Gl 6:14, NVI).
Depois de revelar os motivos que levaram alguns a insistir na circuncisão, Paulo apresentou sua mensagem do evangelho aos gálatas uma última vez, embora apenas de maneira resumida. Para Paulo, o evangelho tem por base dois princípios fundamentais: (1) a centralidade da cruz (v. 14) e (2) a doutrina da justificação pela fé (v. 15). Na lição de hoje, o foco está no primeiro.
Vivendo no século 21, é difícil compreender o impacto originalmente causado pelos comentários de Paulo a respeito da cruz (Gl 6:14). Hoje, a cruz de Cristo é um símbolo comum e apreciado, que desperta sentimentos positivos para a maioria das pessoas. Nos dias de Paulo, porém, a cruz não era algo de que se pudesse vangloriar, mas algo a ser desprezado. Os judeus achavam ofensiva a ideia de um Messias crucificado, e os romanos consideravam a crucificação tão repulsiva que ela nem sequer era mencionada como forma de punição adequada para um cidadão romano.
O desprezo com o qual o mundo antigo considerava a cruz de Cristo é visto claramente no primeiro desenho registrado de uma crucificação. Datado do início do segundo século, um fragmento de um desenho antigo retrata a crucificação de um homem com a cabeça de um jumento. Abaixo da cruz, e ao lado da figura de um homem com as mãos levantadas em adoração, uma inscrição dizia: “Alexandre adora seu deus”. A questão é clara: a cruz de Cristo era considerada ridícula. Foi nesse contexto que Paulo ousadamente declarou que ele não poderia se gloriar em nada mais além da cruz de Cristo!

3. De acordo com Gálatas 6:14; Romanos 6:1-6; 12:1-8; e Filipenses 3:8, que diferença a cruz de Cristo fez no relacionamento de Paulo com o mundo?

A cruz de Cristo muda tudo para o cristão. Ela nos desafia não apenas a reavaliar nossa maneira de ver a nós mesmos, mas também a maneira pela qual nos relacionamos com o mundo. O mundo (este século de maldade e tudo o que isso implica) está em oposição a Deus (1Jo 2:16). Pelo fato de que já morremos com Cristo, o mundo já não mais tem o poder escravizador que mantinha sobre nós, e a antiga vida que um dia dedicamos ao mundo não mais existe. Seguindo a analogia de Paulo, a ruptura entre o cristão e o mundo deve ser como se os dois tivessem morrido um para o outro.

A cruz afetou seu relacionamento com o mundo? Que diferença ela fez na sua vida? Qual é a diferença entre sua vida hoje e a sua vida antes de se entregar ao Senhor, que morreu por você?


Quarta-feira
Ano Bíblico: Sofonias

Uma nova criatura

Tendo enfatizado a centralidade da cruz de Cristo para a vida cristã, Paulo destacou o segundo princípio fundamental da sua mensagem do evangelho: a justificação pela fé.
Como vimos durante o trimestre, Paulo tinha basicamente colocado a circuncisão em oposição ao evangelho. No entanto, ele não era contra essa prática em si. Paulo havia feito várias declarações fortes contra a circuncisão (Gl 5:2-4), mas ele não queria que os gálatas concluíssem que ser incircunciso seria mais agradável a Deus do que ser circuncidado. Esse não era o seu argumento, porque as pessoas podem ser igualmente legalistas acerca do que fazem quanto acerca do que não fazem. Espiritualmente falando, a questão da circuncisão por si mesma é irrelevante. A verdadeira religião não está baseada no comportamento exterior, mas na condição do coração humano. Como o próprio Jesus disse, uma pessoa pode parecer maravilhosa por fora, mas estar espiritualmente podre por dentro! (Mt 23:27).

4. De acordo com Gálatas 6:15 e 2 Coríntios 5:17, o que significa ser uma nova criatura?

Ktisis é a palavra grega traduzida por “criatura”. Ela tanto podia se referir a uma “criatura” individual (Hb 4:13) como a toda a ordem “criada” (Rm 8:22). Em ambos os casos, a palavra implicava a ação de um Criador. Esse era o ponto que Paulo queria apresentar. Tornar-se uma “nova criatura” não era algo que podia ser realizado por algum esforço humano – quer fosse a circuncisão, quer fosse qualquer outra coisa. Jesus Se referiu a esse processo como o “novo nascimento” (Jo 3:5-8). É o ato divino em que Deus toma uma pessoa espiritualmente morta e sopra nela a vida espiritual. Essa é também mais uma metáfora para descrever o ato de salvação que Paulo geralmente definia como justificação pela fé.
Paulo se referiu a essa experiência da nova criação em 2 Coríntios 5:17. Ele explicou que tornar-se uma nova criatura significa muito mais do que uma mudança em nosso status nos livros do Céu. Essa experiência produz uma transformação em nossa vida. Como observa Timothy George, ela “envolve todo o processo de conversão: a obra regeneradora do Espírito Santo que leva ao arrependimento e fé, o processo diário de mortificação e vivificação, e o crescimento na santidade, que por fim leva à semelhança com Cristo” (Galatians [Gálatas], p. 438).
Tornar-se uma nova criatura, no entanto, não é o que nos justifica. Em vez disso, essa mudança radical é a manifestação inequívoca da verdadeira experiência da justificação.

Você percebeu em sua vida as mudanças que devem ocorrer quando nos tornamos “novas criaturas”? O que você pode fazer para facilitar a obra do Espírito Santo?


Ano Bíblico: Ageu

Quinta-feira
Considerações finais (Gl 6:16-18)

5. De acordo com Gálatas 6:16, Paulo deu sua bênção aos que, disse ele, “[andassem] conforme essa regra” (NVI). Dado o contexto, de qual “regra” você acha que Paulo estava falando?

A palavra traduzida por “regra” literalmente se referia a uma vara reta ou barra usada por pedreiros e carpinteiros para medir. A palavra posteriormente assumiu um sentido figurado, referindo-se às regras ou padrões pelos quais uma pessoa avalia algo. Por exemplo, quando as pessoas falam sobre o cânon do Novo Testamento, elas estão se referindo aos 27 livros do Novo Testamento, vistos como autoridade para determinar tanto a crença quanto a prática da igreja. Portanto, se um ensinamento não “está à altura” do que se encontra nesses livros, não deve ser aceito.

6. De acordo com Gálatas 6:17; 2 Coríntios 4:10; 11:23-29, quais eram as “marcas de Jesus” que Paulo trazia em seu corpo? O que ele quis dizer quando escreveu que ninguém devia “perturbá-lo” por causa dessas marcas? Gálatas 6:14 poderia ajudar a responder a essas perguntas? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Figuras de Jesus tatuadas em seu corpo.
B.( ) Cicatrizes causadas pela perseguição que ele sofreu em nome de Cristo.
C.( ) O selo do Deus Altíssimo, aprovando seu ministério.

A palavra marca vem do termo grego stigmata, da qual também deriva a palavra portuguesa estigma. Paulo poderia estar se referindo à prática comum de marcar os escravos com a insígnia de seu dono como uma forma de identificação, ou à prática de algumas religiões misteriosas, nas quais um devoto marcava a si mesmo como sinal de devoção. Em todo caso, “por ‘marcas de Jesus’, sem dúvida, Paulo se referiu às cicatrizes deixadas em seu corpo pela perseguição e sofrimento (2Co 4:10; 11:24-27). Seus adversários então insistiam em forçar os conversos gentios a aceitar a marca da circuncisão, como sinal de sua submissão ao judaísmo. Mas Paulo tinha marcas que indicavam de quem ele havia se tornado escravo, e para ele não havia fidelidade a ninguém mais, a não ser a Cristo […]. As cicatrizes que Paulo havia recebido de seus inimigos, enquanto estava a serviço de seu Mestre, falavam com mais eloquência de sua devoção a Cristo” (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 6, p. 1096).

Quais “marcas”, físicas ou de outra natureza, você tem por causa de sua fé em Jesus? Em outras palavras, o que sua fé lhe custou?
Ano Bíblico: Zc 1–4

Sexta-feira
Estudo adicional

A cruz do Calvário desafia e, finalmente, vencerá todo poder terrestre e infernal. Toda influência centraliza-se na cruz, e dela provém toda influência. Ela é o grande centro de atração, pois nela Cristo deu a vida pela humanidade. Esse sacrifício foi oferecido com a finalidade de restaurar o homem à sua perfeição original. E mais: foi oferecido para lhe dar completa transformação de caráter, tornando-o mais que vencedor.
“Aqueles que, na força de Cristo, vencem o grande inimigo de Deus e do homem ocuparão nas cortes celestiais uma posição superior à dos anjos que jamais caíram. Cristo declara: “E Eu, quando for levantado da Terra, atrairei todos a Mim mesmo” (Jo 12:32). Se a cruz não encontra uma influência que lhe seja favorável, ela cria uma influência. Geração após geração, a verdade para este tempo tem sido revelada como verdade presente. Cristo na cruz foi o meio pelo qual se encontraram a misericórdia e a verdade, e a justiça e a paz se beijaram. Esse é o meio que deve mover o mundo” (MS 56, 1899; Comentários de Ellen G. White, Comentário Bíblico Adventista, v. 6, p. 1242).

Perguntas para reflexão
1. Qual significado você encontra no fato de Paulo ter começado e terminado sua carta com uma referência à graça de Deus? Gl 1:3; 6:18.
2. À luz da declaração de Paulo sobre ter sido “crucificado […] para o mundo” (Gl 6:14), qual deve ser o relacionamento dos cristãos com o mundo hoje? Qual deve ser a relação deles com questões ligadas ao meio ambiente, racismo, aborto, etc., se eles morreram para o mundo?
3. Como uma pessoa pode saber se ela tem experimentado a “nova criação” sobre a qual Paulo escreveu?
4. Com base no que você aprendeu neste trimestre, como você resumiria a visão de Paulo sobre os seguintes assuntos: lei, obras da lei, justificação pela fé, antiga e nova aliança, obra de Cristo e natureza da vida cristã?

Resumo:
A verdadeira religião não consiste em comportamento exterior, mas na condição do coração. Quando o coração for submisso a Deus, a vida refletirá mais e mais o caráter de Cristo, à medida que a pessoa crescer na fé. O coração deve ser subjugado por Cristo; quando isso acontecer, as outras coisas virão em seguida.
Marcos 16:15